Palavras ao vento...


Palavras ao vento, lamentos ao ar,
É lento o processamento
Daquilo que reluta o peito deixar.
Para onde vai toda poesia?
Para onde vai todo gesto de amor?
Nada importa, fechei a comporta,
Nada inunda meu ser...
Protegi minha alma,
Minha raiva tornou-se calma.
Não nos contentamos com o que temos,
E teimamos em precisar sempre de mais,
Tudo que fazemos é um reflexo social,
É banal, é imoral, é normal!
Consome a carne,
Devora o corpo,
Mundo sórdido, mundo louco!
Mas para que filosofia?
Temos o Direito, a história e a geografia,
Nada disso explica sobre certas coisas da vida!
Filosofia explica o espírito, o corpo e a mente.
Explica coisas que o ser humano ainda não entende.
Como existir uma construção sem uma base?
Tudo se reparte,
Meu coração, minha razão,
Minha poesia e minha sobrevida.
Nada existe, é tudo palpável,
Inexorável é o sentimento
Que dorme em meu peito.
Errado, distorcido, Estacionado.
Permaneço gritando aos ventos,
Sobre historias da vida,
Sobre o tempo.
A morte que nos segue
A cada dia.
Permanece fiel.
Sem ele não existe
Harmonia...
Vou vivendo,
Às vezes sábio,
Às vezes insano.
O que aprendi
Não esqueço,
E sigo meu destino.
Recitando palavras ao vento...

1 comentários:

Pedro Dobbin disse...

Prabéns, mis uma bela poesia!!!

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