Momento Eleito

A garota saltou da janela e caiu em cima do para-quedas
A indignação cresceu em seu peito quando viu que era uma rede
Nem morrer, nem voar ela podia
As regras a comprometiam
Um peixe preso ela se sentia

Dando um dois os porcos fardados assistiam
Marcelos e Bills votando
Em que lago tem o lodo menos fundo
Pois só tem um jeito de fugir do barco pirata
Escolhendo em que momento se jogar da molhada rampa política

Tentativas de suicidio se tornaram frequentes
Mas até a faca parece estar cega
Com a balança da justiça enferrujada pela maresia
A esperança é a encarnação dos heróis em quadrinhos
Pois o óleo está todo derramado no chão para escorregar

Com todos esses empecilhos
Apenas alguns valentes conseguem se manter em pé na corrida
Desviando dos obstáculos das barracas de feira da corrupção
Os indivíduos ainda têm que fechar os ouvidos para a ilusão
Ninguém entende por que precisa ir toda uma população

Os homens, coitados
São obrigados a fazer tanta coisa sem retorno
Entrar na urna com a arma na cabeça por exemplo
Desejando que o gatilho no dedo trave antes de confirmar
Infelizmente serão ninguém se não estourarem os escrúpulos

Professora, por que não temos política na escola?
É mais importante saber que os catetos quadrados é a hipotenusa
Minha mãe disse que as cabeças quadradas estão no poder
A História já te mostrou que isso era mentira no Renascimento,
João e Maria, querem um pouco mais de doce?

1 comentários:

Lucas disse...

Um Texto ótimo!
Parabéns!
Gostei principalmente do final, onde se aborda política na escola.
Parabéns novamente e sucesso sempre.
abraços.

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